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Xeque-Mate - Output Media

 



Por Samuel Right

No início de 2020, o Planalto dando a desculpa de pouco "capital político" para atuar, ao invés de construir um plano sólido (o que era viável), decidiu seguir pela via mais preguiçosa e arriscada possível: se aliar ao Centrão. Quem realmente entendeu o Arte da Guerra de Sun Tzu sabe da tamanha estupidez cometida aqui, já que em troca, o governo teria de largar tudo o que havia prometido na agenda conservadora eleita em 2018, para se aliar a alguém que usaria-se de sua vantagem, agora desproporcional, para subverte-lo a seus interesses.

"O Centrão é comparável a um Chevy Opala", como Fernando Melo satiriza, pois pede por reabastecimentos constantemente, no caso, concessões de verbas, emendas parlamentares, cargos; a famosa "política de coalizão" (toma-lá-dá-cá) que é seu combustível. Percebemos a mudança repentina a partir da exoneração de Abraham Weibtraub do MEC, neste ano Ernesto Araújo, Ricado Salles e a rápida substituição destes por figuras estritamente ligadas ao deep state brasileiro.

O exemplo mais acachapante disso tem nome e se chama Ciro Nogueira (PP). Petista de carteirinha até Agosto de 2020 e presidente do partido ex-integrante do Mensalão e Petrolão, o Progressistas, ele agora ocupa o cargo de Ministro da Casa-Civil, a pasta mais cobiçada de todo o executivo.

Já que o abandono do conservadorismo estava na lista de troca - devido ao centro ser liberal - houve uma crescente influência comuno-globalista na mentalidade governista, principalmente nos ministérios da Saúde, que recentemente aprovou a resolução do aborto legal; Turismo, atual lobbista pelo passaporte sanitário; Economia, atuante em políticas econômicas socialistas no estilo Great Reset; e dos Direitos Humanos, onde há uma defesa expressiva e radical do feminismo, gayzismo e alinhamento total com a agenda 2030 (No caso do MDH, a Ministra Damares Alves (PP) é um elemento que deve ser analisado de maneira aprofundada em outro artigo, já que a figura tem esmagado a família tradicional com todas as forças de sua sociopatia feminista usando-se do simulacro de protetora).

Todo o contorcionismo em volta do projeto do Voto Auditavel, Impresso, Telepático e demais denominações, é uma evidente amostra da borrada gigantesca que fizeram, pois além de ser um projeto ineficiente se o propósito é evitar fraudes, já foi derrotado pelos ditos aliados ANTES DA VOTAÇÃO. E nesse desespero todo, por ameaçar há meses e nos "finalmentes" não apresentar na "live prometida" às provas de fraude eleitoral e ainda admitir que não as possuía, Bolsonaro abriu uma prerrogativa que já está sendo usada pelo TSE para que lhe fosse imputado processo criminal, podendo o tornar inelegível de forma permanente, auditável e impressa, se caso for perdido.

Com essas desavenças, fica explicito que o planalto viu o erro tremendo que cometeu ao se aliar com quem combatia, mas como o próprio Ciro Nogueira disse em artigo publicado na Folha de São Paulo: "o centrão procura alguém maleável". Bolsonaro agora com estes chiliques contra a "alianças entre os poderes" não se encaixa mais no perfil e já é tarde demais para voltar atrás. Entendeu a lógica? Irão expeli-lo como Gilmar Mendes, Barroso, Xande, FHC e Temer deixaram claro em encontro organizado pelo RenovaBR no início do mês.

O pacto com o establisment, em resumo, só se demonstrou TOTALMENTE DANOSO ao governo, o proporcionando:

- Total falta de autonomia;
- Dependência dos partidos;
- A perda do projeto original de governo;
- Ausência da racionalidade e uma bússola moral;
- Processos criminais;
- Estar a mais de 1 ano sem partido;
- E perdas expressivas em projetos no congresso (o que é irônico).

Esta aliança fez o ter a alma drenada e seu corpo ser comparável a de um zombie.

Sem gozação digo que há pouca diferença desta administração com a do Presidente Americano Joe Biden, que impulsiona agendas progressistas a torto e direito e ama ser uma marionete. Só acho que nem ele ou seus secretários teriam a capacidade cognitiva (ou a ausência dela) de bolar uma lei como a recém sancionada lei subjetiva e autoritária do "abuso psicológico" contra mulher, como a senhora Alves fez.

É difícil hoje traçar algum futuro para encruzilhada do governo social democrata de Jair Bolsonaro. Muitos bolsonaristas do "centrinho" ainda parecem estar na ilusão eleitoreira de 2018 e acreditando na falsa realidade apresentada nas mídias brifadas pelo Fabio Faria como Terça Livre, Brado Radio, Brasil Sem Medo e demais veículos, de que o maior problema é não ganhar em 2022.

Este é o menor dos problemas, pois quem irá ganhar na próxima eleição não importa mais, o xeque-mate está dado: o centrão a ganhou com antecedência. 

E não se surpreendam se o Presidente renunciar, pois no contexto em que se encontra, sai até no lucro.

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