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A Falta de Honestidade Intelectual - Output Media



Por Samuel Right

Em um artigo publicado por mim em 15 de Junho, alertei algo óbvio: "Bolsonaro perdeu o foco e se não se tocar, será engolido pelo próprio sistema que tem tentado conservar." Isso meses depois realmente aconteceu: a administração de Bolsonaro foi engolhida establishment. No artigo após ao fato ocorrido no início do mês de setembro, descrevi: "Tudo que dá sustentação e motivação para um governo estar onde está, este claramente não tem e, a partir de quando chamou o Vampirão para resolver a bagunça, sinalizou ali a sua total renuncia de poderes, algo comparável a vender a alma, chegando ao ponto de ele estar lá ou renunciar não fazer a mínima diferença." 

Quem notou isso agora pós 7 setembro, no caso, a frouxidão escancarada perante a todos deste país por parte do Governo Federal e, como alguém consciente, decidiu por abandonar esse barco nitidamente naufragado (algo que meses antes fiz ao perceber a nula diferença desta administração com a de figuras como Michel Temer), poupou sua alma de ser corroída e diminuída a uma simples e pequena ameba ambulante. Porém, se existe os que acordaram, obviamente há os que quiseram persistir na macaquice. 

Esse é o caso, por exemplo, do jornalista Allan do Santos, que tenta justificar a presença constante de LGBTs (um movimento militante) na agenda do  Presidente (que já admitiu ser de centro) e Primeira Dama como "a expulsão da esquerda em meio ao movimento", ou seja, uma "purificação".

Já que Santos se posiciona como aluno de Olavo de Carvalho, deveria saber que o movimento LGBT foi formado por pensadores e financiadores ligados intrinsecamente com o marxismo e liberalismo que, utilizando dessa ""inocência"" (no caso, burrice) explicitada por ele e por esse governo neocon, se infiltram gradualmente no cotidiano da família ocidental em prol de "normalizar" a causa. Porém, como preferiu seguir em uma gradual corrosão da alma por demanda da audiência (tipo um sofista da vida) e não possuir compromisso com a honestidade intelectual, se faz de bobo fingindo não enxergar algo tão nítido, tão palatável. E é justamente isso que incentiva muitos da "direita" a continuar na cultura do sistema (liberalismo): falta de compromisso e honestidade intelectual em admitir que, com o aparente desconhecimento dos fatos, o cidadão faria mais se abstendo de falar abobrinha, pois como citei no artigo O Pré-Julgamento Esquerdista dos "Direitistas"

"É complicado lidar com quem analisa somente as críticas de alguém para já definir um rotulo genérico, no modus operandi esquerdista, do que de analisar suas ideias e posições, tirando aí de fato uma conclusão se a pessoa é um salafrário ou alguém decente, coisa que esse pré-julgamento não discerne. Como citei antes em um artigo sobre ideologias, não é do interesse da agenda partidária o questionamento da mesma. Sempre na visão dos fiéis ela estará certa e você errado por questiona-la."

É isso em resumo o pensamento incentivado pelos desonestos intelectuais de front - no caso, os Youtubers como Bernardo Kuster, o próprio Allan e Deputadas como Carla Zambelli e afins: opinar sobre tudo e todos sem qualquer tipo de análise ou conhecimento do tema ou personalidade tratada. Somado a isso, tem o fanatismo político a figuras igualmente desonestas intectualmente, que como resultado, nos põe em uma situação de histeria coletiva gigantesca e cegueira absurda.

Nesta conjuntura, podemos concluir que ambos os espectros políticos populares no mainstream mundial são liberais, caso contrário, não seriam populares. As mentes liberais são quem mandam de verdade, reagem quando atacados e quem de fato escraviza psicologicamente, financeiramente e culturalmente a todos. O jogo de poder que enxergamos é falso, uma fachada, algo irreal: não existe uma política cristã conservadora ou até mesmo uma marxista que controla alguma coisa: há apenas a liberal que realiza tal função. Então, se formos na onda dos desonestos intelectualmente, nunca de fato saberemos a verdade, pois eles deixam claro que a desconhecem (ou fingem desconhecer).

Portanto, caro leitor, deixo então uma sugestão baseado em tudo que lhe descrevi: se sabe sobre um tema com propriedade, fale com propriedade quando o trazer para o campo do debate sendo honesto; caso contrário, não banque de espertão palpitando sobre, principalmente se é uma figura pública e, se perceber alguém nitidamente fazendo isso, não de ouvidos. Me abstenho, por exemplo, de escrever sobre vários temas para justamente não colaborar com essa realidade deprimente. Prefiro antes estudar os fatos que constituíram o assunto para depois debate-los com propriedade.

Pela falta deste cuidado, muitos brasileiros ainda continuam batendo em teclas já desgastadas de "vamos as ruas", "o jogo é somente político" ou a "arte do possível", pois ainda escutam os desonestos intelectuais ao invés de fazerem o que estes tutubers/governo não desejam: buscar conhecimento - e pensa como isso os causa raiva. Estará assim colaborando mais para seu país do que todos eles, afinal, nunca saem do lugar com essa mentalidade, ou seja, não ajudam a remover ignorância do brasileiro, pelo contrário, só a incentivam.

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