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André Ainda Não Entendeu - Output Media


Por Samuel Right

André Valadão, pastor mineiro da Lagoinha Church (ou Igreja Lagoinha, como preferir) em Orlando, tem sido criticado nas redes ante sua defesa a "Igreja no Metaverso" (sou um desses críticos). Valadão ao invés de tomar uma postura mais adulta, age como um adolescente kpopeiro de 12 anos utilizando-se do ad hominem como meio de contra ataque (o famoso "vencer no grito") para "provar" seu ponto. O exemplo mais bizarro disso foi recentemente em seu Instagram quando o questionaram se constava nas escrituras sagradas a existência da referida igreja virtual ou algo semelhante (algo que sabemos que não é referido na Bíblia), onde respondeu de maneira proporcionalmente vazia de base intelectual alguma, sendo ela literalmente: "celebro não se encontra e a gente tem que usar".

Agora, o que os fiéis tem se queixado é a confusão mental que isso está gerando, como se a tal "igreja no metaverso" fosse equivalente a uma real. Como sabemos, assim como as lives do que ocorre da igreja em redes sociais, esse meio de se comunicar, o metaverso, é apenas... um meio, não um fim. O fim de um meio no cristianismo é justamente a salvação, conversão e trazer o sujeito para uma igreja, uma que seja de verdade e não uma cheia de bonequinhos virtuais. Se Valadão está querendo trazer isso a mesa, de que a virtual é equivalente (o que todos nós sabemos que não é verdade), estará querendo relativizar o espaço sagrado, assim como os liberais tem feito a décadas. Como a pessoa tomará a ceia por exemplo? Mas talvez Valadão esteja se expressando errado, agindo como o clássico exemplo do personagem do "imbecil coletivo" apresentado por Olavo de Carvalho em 1997, aquele cara que se banca de sabichão de elite e age sempre na defensiva contra quem quer o questionar, talvez queria dizer que essa "igreja no metaverso" seja apenas um meio como disse acima. 

Mas, o que eu sinceramente acho é que Valadão, assim como todos o de seu meio almejam é sempre a mesma coisa de sempre: estar no centro das atenções, na boca do povo - admito, caso o senhor esteja lendo esse artigo, que realmente é mestre nisso. O pastor quis seguir a tendência do Hillsong, uma das igrejas mais liberais e globinho das ideias que se noção, que teve inclusive um escândalo terrível recentemente envolvendo assédio sexual. Essas modinhas trazidas por igrejas com ligações estranhas é o que o senhor quer se basear? Não me leve a mal, não sou aqueles caras que nem TV tem em casa porque considera um "pecado", mas o senhor não tem noção que também trazer tendências de 15 min de fama como essa não atrapalha o evangelho? Não permite que qualquer tendência" entre sem nenhuma análise? Se o Hillsong ou qualquer outro grupo internacional dizer que a bíblia deve ser atualizada, vai atualizar junto também para estar na frente das outras igrejas?

O pastor, Sr. Valadão, assim como diversos outros mundo a fora, tem sofrido de um mal que assola toda a humanidade hoje: o vício por likes, curtidas, número de seguidores. Como disse, as modinhas, trends. Quando se trata deste meio virtual, tem de ter muito cuidado. O contexto que vivemos hoje de uma guerra neural e psicológica não é brincadeira, todos nós somos afetados por ela 24h por dia. O próprio metaverso de Mark Zuckenberg é uma armadilha pior que as redes, pois a proposta disso é no final virarmos escravos diários presos em nossas casas e, consequentemente, mais distantes do nosso senhor e salvador Jesus Cristo, presos em um mundo irreal, mais artificial, mais cheio de prisões mentais e vícios.

O fato é que as pessoas já estão extremamente confusas devido as diversas bombas atômicas diárias de informação que recebem em suas cabeças, cada vez mais empobrecidas intelectualmente. Acho que André ainda não entendeu. Infelizmente, depois acaba não entendendo o porque da influência cristã no mundo atual tem cada vez mais se esvaindo ou sendo relativizada. Como quer lutar a tal "Guerra Cultural" que vive falando se já se perde no ponto de partida?

Disclaimer: isso não é um ataque, mas sim uma crítica. Vou enfatizar isso antes que me encham o saco.

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