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Game Over - Output Media

 


Por Samuel Right

Eu, Fernando Melo, Ju Ginger e Evandro Pontes, havíamos dito dias antes do 7 de Setembro que: não iria acontecer nada. Dito e feito. Não aconteceu nada.

Bolsonaro nessa quinta-feira, em nota oficial, apresentou a todos que gastaram em média de 600 a 700 reais para irem as manifestações, pediram pelo impeachment de ministros do supremo e uma tomada de atitude por parte do Planalto - coisa que disse nos carros de som disse que faria -, às seguintes desculpas:

"1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil."

Essa falta de virilidade de ambas as cabeças do Presidente, como exposto acima, foi resultado da reunião mediada pelo ex-presidente Michel Temer a convite do governo entre Bolsonaro e o Ministro do STF Alexandre de Morais, após reação retalhadora do establishment brasileiro que - assim como eu - sabia que o "Mito" iria broxar perante a todos e pedir por misericórdia.

Depois de toda essa trama que já vinha desenhada há 1 semana, junto desses discursos mentirosos com utilização profana do nome de Deus no dia 7 e todas às desculpas broxantes dadas no dia de ontem, decepcionando até o bolsonarista mais aguerrido, o Presidente se encontra na pior situação de seu mandato: sem capital político, sem apoio popular, sem autonomia, dependente de partidos, sem o projeto original de governo, com falta de racionalidade e uma bússola moral, processos criminais nas costas (sem base jurídica, é claro, mas que estão quase em seu objetivo) e mais de 1 ano sem partido algum.

Não atoa, no artigo que escrevi há exatamente um mês atrás, "Xeque-Mate", havia dito "...não se surpreendam se o Presidente renunciar, pois no contexto em que se encontra, sai até no lucro" justamente enxergando essa realidade inevitável. Tudo que dá sustentação e motivação para um governo estar onde está, este claramente não tem e, a partir de quando chamou o Vampirão para resolver a bagunça, sinalizou ali a sua total renuncia de poderes, algo comparável a vender a alma, chegando ao ponto de ele estar lá ou renunciar não fazer a mínima diferença.

Bolsonaro desde Janeiro de 2019 não tomou posse, nunca saiu da campanha, esteve nesse mundinho utópico que sua base segue (ou melhor, seguia) e abandonou o conservadorismo já no início para se aliar a inimigos declarados, assim, sendo extremamente frouxo em tudo no seu governo, o levando a está situação patética.

Isso nos demonstra com todas as letras que a "direita" errou em sua estratégia desde o início, quis ser imediatista e pequena, nunca pensando ao longo prazo. Essa experiência será pedagógica as futuras gerações de eleitores, intelectuais e políticos conservadores do que não fazer, abandonar, sacrificar e de quem não se aliar. 

Com todas essas falhas grotescas, quem acenderá ao poder em 2022 possui seu caminho pavimentado. E quem são? Os liberais, vulgo centrão. Eles reinam e estão tirando sarro da sua cara. 

A festa da democracia vem aí como um trem bala, então eu lhe pergunto: Vai continuar acreditando somente em políticos que prometem o céu e a terra? Continuar não defendendo as pautas conservadoras cristãs? Continuar ouvindo cientistas políticos, perfis e canais na internet, sem se aprimorar intelectualmente para ser de fato um conhecedor da realidade e de quem você é, realmente expandindo o imaginário? Continuar sendo imediatista, sem pensar no longo prazo? Continuar sendo um liberal na economia e conservador nos costumes (coisa que é literalmente impossível)? Continuar na "Arte do Possível"?

Essas são perguntas que todos os que se intitulam "direita conservadores" devem se fazer nesse momento. Por terem as ignorado, chegamos a este ponto.

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